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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Um olhar sobre o segundo turno

Daqui, da minha janela de eleitor desencabrestado resolvi dar uma olhada e vi um monte de coisas que um monte de gente ainda não viu ou finge não ver.
Eu vi a agonia dos que precisam manter cargos comissionados para sobreviver. E disse aos meus filhos: - Sejam livres, nunca dependam disso!
Eu vi como é bom ser dono de um voto livre, sem ter a desesperada necessidade de dizer aos meus candidatos que eu os escolhi.
Eu vi como o povo encara as eleições de forma passional. Aliás, por aqui, a maioria dos que criticam ou defendem a Bíblia nunca a leu completamente e a maioria dos que discutem política nunca abriu a Constituição.
Eu vi o quanto as massas estão subestimando a importância do Poder Legislativo. Talvez os sucessivos escândalos das últimas décadas tenham desencadeado na cabeça do eleitor a errônea idéia de que todo deputado ou senador é corrupto; e, portanto, tanto faz votar em nenhum ou votar em qualquer um.
Eu vi a dependência existencial e política que a Bolsa Família tem causado em milhões de pessoas. Originalmente concebido como Bolsa Escola, o programa exigia uma contrapartida por parte dos beneficiados, isto é, o compromisso de manter os filhos pequenos estudando. No inicio, tratava-se de um incentivo à educação com propósito e tempo de duração bem definidos. Infelizmente as regras foram mudadas e a idéia é atualmente utilizada com fins eleitoreiros.
Eu vi o mimetismo petista. Cada vez mais distante do partido para o qual pedi votos nos tempos de minha juventude, vejo que O PT já não é mais o mesmo. Hoje, como um camaleão que muda de cor conforme o ambiente, ele mostra incoerência entre seu discurso e prática.
Se por um lado, o atual governo louva e engrandece a democracia e a liberdade de imprensa, por outro lado estreita cada vez mais suas relações com outros governos de ideologia autoritária, como é o caso dos irmãos Castro em Cuba, de Hugo Chávez na Venezuela e de outros mais.

Eu ví o decreto assinado pelo presidente Lula e publicado no DOU - Diário Oficial da União, garantindo que a Secretaria de Administração da Casa Civil da Presidência da República poderá dispor, para cada ex-presidente, de até oito cargos em comissão (Decreto nº 6.381, de 27 de fevereiro de 2008).
No que diz respeito a esse segundo turno, se por um lado, o Partido dos Trabalhadores tem se esforçado durante esta campanha para dizer que defende a vida, por outro lado, vejo que este mesmo partido firmou documento decidindo manter sua posição a favor da liberação do aborto (Resoluções do 3º Congresso Nacional do PT, Página 43).
Finalmente, tenho visto também como os ataques pessoais entre candidatos e a preocupação de apresentar uma conveniente religiosidade de última hora têm servido para disfarçar a ausência de boas idéias nas áreas de segurança pública, saúde, educação, habitação e geração de empregos.

Humberto de Lima - Graduado em Liderança Avançada pelo Haggai Institute (Maui, USA), é bacharelando em Direito pela UEPB – Universidade Estadual da Paraíba e Pastor da IBF – Igreja Batista de Fagundes. Ele escreve semanalmente no HumbertodeLima.com

http://www.vinacc.org.br/

O povo mais rico do mundo

O apóstolo Paulo escreve sua Carta aos Efésios de sua primeira prisão em Roma. Ele já era um homem velho e trazia no corpo as marcas de Cristo. Já havia sido preso em Filipos, Jerusalém e Cesaréia. Como bandeirante do Cristianismo, já havia sido apedrejado, açoitado, fustigado com varas e enfrentado naufrágios e perigos de toda sorte. Agora, o apóstolo estava algemado e preso em Roma, a capital do Império. Ao escrever sua Epístola aos Efésios, longe de reclamar de suas cadeias, ou rogar qualquer alívio do sofrimento, relembra à igreja, quão rico é o povo de Deus. Paulo diz que aqueles que crêem em Cristo são santos e fiéis e detentores tanto da graça como da paz. Para nossa geração embriagada pelas bênçãos e tão apática em relação ao abençoador, Paulo diz que já somos abençoados com toda sorte de bênção em Cristo Jesus. Somos o povo mais rico do mundo. É claro que Paulo não está falando da teologia da prosperidade, reduzindo as riquezas espirituais apenas ao nível material. A Bíblia diz que há ricos pobres e pobres ricos. A verdadeira riqueza não é terrena, é celestial; não é material, é espiritual.
Somos o povo mais rico do mundo, porque somos abençoados com toda sorte de bênção espiritual pelo Deus Pai (Ef 1.4-6), pelo Deus Filho (Ef 1.7-12), e pelo Deus Espírito Santo (Ef 1.13,14). Nossa salvação é uma obra realizada pelo próprio Deus triúno e para a glória do Deus triúno (Ef 1.6,12,14). Quais são essas bênçãos que temos e, que nos torna o povo mais rico do mundo?

1. Nós fomos escolhidos por Deus (Ef 1.4). Não fomos nós que escolhemos a Deus, foi Deus quem nos escolheu. Não fomos nós que amamos a Deus, foi ele quem nos amou primeiro. Deus nos escolheu não porque cremos em Jesus, mas cremos em Jesus porque ele nos escolheu. Deus não nos elegeu porque éramos santos, mas nos elegeu para a santidade. Ele nos escolheu não porque tínhamos boas obras, mas fomos criados em Cristo Jesus para as boas obras. Deus nos escolheu, em Cristo, desde a eternidade, para a salvação não por causa dos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos.

2. Nós fomos adotados na família de Deus (1.5). Deus não apenas nos livrou da condenação eterna, que os nossos pecados merecem, mas também nos adotou em sua família. Somos filhos de Deus, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. Temos livre acesso à sua presença por meio de Jesus. O Espírito Santo, agora, habita em nós e nos transforma de glória em glória, na imagem de Cristo, nosso irmão primogênito. Aqui cruzamos vales escuros, pisamos o chão crivado de espinhos pontiagudos, porém, em breve, estaremos na Casa do Pai, no Paraíso, na Cidade Celeste, com corpos glorificados, para reinarmos com Jesus, pelos séculos sem fim.

3. Nós fomos remidos pelo sangue de Cristo (1.7). Deus nos amou e nos resgatou da casa do valente, da potestade de Satanás, do reino das trevas, da masmorra do pecado, mesmo quando éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos. Éramos escravos da carne, do mundo e do diabo quando Deus quebrou as correntes que nos mantinham prisioneiros. Fomos libertos e resgatados. Pelo sangue de Jesus fomos comprados para Deus, para sermos propriedade exclusiva de Deus, e para vivermos para a glória de Deus. Esse resgate não foi mediante ouro ou prata, mas pelo precioso sangue de Jesus!


4. Nós fomos selados com o Santo Espírito da promessa (Ef 1.13,14). Deus Pai nos escolheu e nos adotou em sua família, Deus Filho nos remiu com o seu sangue e, Deus, o Espírito Santo, nos selou como propriedade exclusiva de Deus. Ninguém neste mundo nem no vindouro pode arrancar-nos dos braços de Deus. Estamos seguros e guardados. Temos o selo de Deus. O Espírito Santo, que habita em nós, é o penhor e a garantia de que aquele que começou boa obra em nós, há de completá-la até o dia de Cristo Jesus. Somos ricos, muito ricos; de fato, o povo mais rico do mundo!

Hernandes Dias Lopes

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

VINACC realiza 1° Encontro de pastores e esposas – Numa visão cristocêntrica

A VINACC - Visão Nacional para a Consciência Cristã realiza em Campina Grande, na Paraíba o Encontro para Consciência Cristã, esse evento tem uma programação diversificada composta por eventos paralelos e pelas concentrações noturnas que lotam a Representação do Tabernáculo Bíblico, uma grande estrutura que é montada no Parque do Povo, no centro da cidade.
Para a décima terceira edição da Consciência Cristã, que vai acontecer entre os dias 2 e 8 de março de 2011, a VINACC já confirma 19 eventos paralelos. Uma das novidades do evento este ano é a realização do 1° Encontro de pastores e esposas – Numa visão cristocêntrica, que vai acontecer dentro da programação paralela do Encontro. O coordenador local será o pastor presbiteriano José Salvador Pereira, que inclusive é dos diretores da VINACC.
O 1° Encontro de pastores e esposas – Numa visão cristocêntrica vai ser realizado de 06 a 08 de março de 2011, no Garden Hotel, em Campina Grande. Na ocasião será oferecido um café da manhã a 150 pastores e suas respectivas esposas, posteriormente serão ministradas palestras com o Reverendo Augustus Nicodemos Lopes, chanceler da Universidade Mackenzie - SP.
Nesse Encontro, o reverendo presbiteriano Augustus Nicodemus, vai ministrar os seguintes temas: Plenitude do Espírito e família; Sexo, divórcio e novo casamento; Os papéis do homem e da mulher.

Izabel Silva

Confirmado o 7º Seminário de Louvor e Adoração

Em 2011 acontecerá a 13ª edição do Encontro para a Consciência Crista. Esse evento a cada ano cresce e conquista mais reconhecimento na cidade de Campina Grande – Paraíba, onde é realizado. Umas das fortes características do Encontro são os eventos paralelos.
Em 2011 a VINACC- Visão Nacional para a Consciência Cristã promove 19 eventos paralelos, entre eles está o 7º Seminário de Louvor e Adoração, esse seminário todos os anos lota a ilha de palestra e é um dos eventos mais procurados do Encontro.
Assim como vem acontecendo em edições anteriores da Consciência Cristã, a cantora campinense Socorro Teles será a palestrante desse Seminário, que tem como coordenadora a também cantora e missionária Gleydice Bernardes, da Igreja Ação Evangélica, de Campina Grande. O 7º Seminário de Louvor e Adoração é uma realização do SETEBRAE – CG/PB e será realizado entre os dias 6 e 8 de março de 2011.
Socorro Teles estará abordando os seguintes temas: A banalização da Música Evangélica; Considerações sobre Adoração ; Caráter do músico, ritmos, conteúdo e O Envolvimento grupo de louvor na vida da Igreja.
Qualquer participação no Encontro para a Consciência Cristã assim também como em qualquer uma de seus eventos paralelos é gratuita e aberta ao público em geral.

Izabel Silva

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Eleições 2010 - Pr. Euder Faber - 2° turno

Pastor Euder Faber lança carta e vídeo sobre as eleições 2010

Temas como descriminalização do aborto e casamento homossexual nunca foram tão influentes na escolha do voto. Nessa eleição a Igreja seja ela evangélica ou católica estão tendo a maior participação já vista em uma disputa democrática eleitoral.

Vários líderes cristãos, entre pastores, padres, a exemplo do Pr. Paschoal Piragine e Bispos do Regional Sul 1 se posicionaram na mídia, principalmente através da internet sobre as eleições. Esses líderes reivindicam dos candidatos um maior compromisso com os valores cristãos que envolvem a vida, a família, a liberdade de expressão entre outros pontos, os quais segundo eles estão ameaçados principalmente pelo Partido dos Trabalhadores PT, cuja candidata a presidência da República, Dilma Rousseff simpatiza e defende tais causas consideradas por eles como ameaças a Igreja e aos valores cristãos.

E nesse contexto que o pastor Euder Faber Guedes Ferreira, de Campina Grande - PB, também incomodado com os atuais projetos de leis que estão para ser votados, entre eles o PNHD 3 – Plano Nacional dos Direitos Humanos - 3, que já foi aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, passou pela Casa Civil, quando a candidata Dilma era chefe e só precisa da aprovação do Congresso para se estabelecido, lança uma carta e um vídeo de conscientização não apenas à comunidade evangélica, mas a todos os brasileiros para que esses desenvolvam uma consciência crítica e informada dos regimentos que regem e pretendem ser instaurados no país.

Entre os temas que o pastor Euder discute está o Estatuto das famílias, a Lei da Palmada, a instalação de Máquinas de camisinha nas escolas, o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT, a criminalização da homofobia entre outros assuntos.

Segundo o pastor Euder, a discussão e ampliação de debates com esses temas são de fundamental importância, pois dá ao cidadão o direito de conhecer de perto a ideologia dos partidos e candidatos, onde isso ajudará a fazer uma escolha aberta e consciente dos seus representantes.

Leia a Carta na íntegra

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Lógica do abortismo

Por Olavo de Carvalho

O aborto só é uma questão moral porque ninguém conseguiu jamais provar, com certeza absoluta, que um feto é mera extensão do corpo da mãe ou um ser humano de pleno direito. A existência mesma da discussão interminável mostra que os argumentos de parte a parte soam inconvincentes a quem os ouve, se não também a quem os emite. Existe aí portanto uma dúvida legítima, que nenhuma resposta tem podido aplacar. Transposta ao plano das decisões práticas, essa dúvida transforma-se na escolha entre proibir ou autorizar um ato que tem cinqüenta por cento de chances de ser uma inocente operação cirúrgica como qualquer outra, ou de ser, em vez disso, um homicídio premeditado. Nessas condições, a única opção moralmente justificada é, com toda a evidência, abster-se de praticá-lo.

À luz da razão, nenhum ser humano pode arrogar-se o direito de cometer livremente um ato que ele próprio não sabe dizer, com segurança, se é ou não um homicídio. Mais ainda: entre a prudência que evita correr o risco desse homicídio e a afoiteza que se apressa em cometê-lo em nome de tais ou quais benefícios sociais hipotéticos, o ônus da prova cabe, decerto, aos defensores da segunda alternativa. Jamais tendo havido um abortista capaz de provar com razões cabais a inumanidade dos fetos, seus adversários têm todo o direito, e até o dever indeclinável, de exigir que ele se abstenha de praticar uma ação cuja inocência é matéria de incerteza até para ele próprio.

Se esse argumento é evidente por si mesmo, é também manifesto que a quase totalidade dos abortistas opinantes hoje em dia não logra perceber o seu alcance, pela simples razão de que a opção pelo aborto supõe a incapacidade - ou, em certos casos, a má vontade criminosa - de apreender a noção de "espécie". Espécie é um conjunto de traços comuns, inatos e inseparáveis, cuja presença enquadra um indivíduo, de uma vez para sempre, numa natureza que ele compartilha com outros tantos indivíduos. Pertencem à mesma espécie, eternamente, até mesmo os seus membros ainda não nascidos, inclusive os não gerados, que quando gerados e nascidos vierem a portar os mesmos traços comuns. Não é difícil compreender que os gatos do século XXIII, quando nascerem, serão gatos e não tomates.

A opção pelo abortismo exige, como condição prévia, a incapacidade ou recusa de apreender essa noção. Para o abortista, a condição de "ser humano" não é uma qualidade inata definidora dos membros da espécie, mas uma convenção que os já nascidos podem, a seu talante, aplicar ou deixar de aplicar aos que ainda não nasceram. Quem decide se o feto em gestação pertence ou não à humanidade é um consenso social, não a natureza das coisas.

O grau de confusão mental necessário para acreditar nessa idéia não é pequeno. Tanto que raramente os abortistas alegam de maneira clara e explícita essa premissa fundante dos seus argumentos. Em geral mantêm-na oculta, entre névoas (até para si próprios), porque pressentem que enunciá-la em voz alta seria desmascará-la, no ato, como presunção antropológica sem qualquer fundamento possível e, aliás, de aplicação catastrófica: se a condição de ser humano é uma convenção social, nada impede que uma convenção posterior a revogue, negando a humanidade de retardados mentais, de aleijados, de homossexuais, de negros, de judeus, de ciganos ou de quem quer que, segundo os caprichos do momento, pareça inconveniente.

Com toda a clareza que se poderia exigir, a opção pelo abortismo repousa no apelo irracional à inexistente autoridade de conferir ou negar, a quem bem se entenda, o estatuto de ser humano, de bicho, de coisa ou de pedaço de coisa.

Não espanta que pessoas capazes de tamanho barbarismo mental sejam também imunes a outras imposições da consciência moral comum, como por exemplo o dever que um político tem de prestar contas dos compromissos assumidos por ele ou por seu partido. É com insensibilidade moral verdadeiramente sociopática que o sr. Lula da Silva e sua querida Dona Dilma, após terem subscrito o programa de um partido que ama e venera o aborto ao ponto de expulsar quem se oponha a essa idéia, saem ostentando inocência de qualquer cumplicidade com a proposta abortista.

Seria tolice esperar coerência moral de indivíduos que não respeitam nem mesmo o compromisso de reconhecer que as demais pessoas humanas pertencem à mesma espécie deles por natureza e não por uma generosa — e altamente revogável — concessão da sua parte.

Também não é de espantar que, na ânsia de impor sua vontade de poder, mintam como demônios. Vejam os números de mulheres supostamente vítimas anuais do aborto ilegal, que eles alegam para enaltecer as virtudes sociais imaginárias do aborto legalizado. Eram milhões, baixaram para milhares, depois viraram algumas centenas. Agora parece que fecharam negócio em 180, quando o próprio SUS já admitiu que não passam de oito ou nove. É claro: se você não apreende ou não respeita nem mesmo a distinção entre espécies, como não seria também indiferente à exatidão das quantidades? Uma deformidade mental traz a outra embutida.

Aristóteles aconselhava evitar o debate com adversários incapazes de reconhecer ou de obedecer as regras elementares da busca da verdade. Se algum abortista desejasse a verdade, teria de reconhecer que é incapaz de provar a inumanidade dos fetos e admitir que, no fundo, eles serem humanos ou não é coisa que não interfere, no mais mínimo que seja, na sua decisão de matá-los. Mas confessar isso seria exibir um crachá de sociopata. E sociopatas, por definição e fatalidade intrínseca, vivem de parecer que não o são.

Fonte: Mídia Sem Máscara

Dia dos mortos? Estou fora. E você?

Infelizmente em nosso país, milhões de brasileiros, das classes sociais mais distintas, de todos os estados da federação, cultivam o danoso hábito de visitarem os cemitérios na expectativa de rezar ou interceder pelos seus entes falecidos.
A prática de orar pelos defuntos iniciou-se por volta do 5º século (d.c), quando a igreja passou a dedicar um dia especifico do ano para rezar pelos seus mortos. No entanto, o culto de finados somente seria instituído na França, no século X, através de um abade beneditino de nome Cluny. Um século depois, os papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigaram aos fiéis a dedicarem um dia inteiro aos mortos. Já no século XIII o dia de rezar pelos finados finalmente começou a ser celebrado em 2 de novembro. Essa data foi definida por ser um dia depois da comemoração da Festa de Todos os Santos, onde se celebrava a morte de todos que faleceram em estado de graça e que por algum motivo não foram canonizados.
Caro leitor, a Bíblia é absolutamente clara ao afirmar que após a morte só nos resta o juízo. Ensina também, que o fato de toda e qualquer decisão por Cristo só pode ser tomada em vida, o que, por conseguinte, nos leva a entender de que não existe fundamento teológico para interceder a favor dos mortos.
Para os católicos romanos a referência bíblica que fundamenta esta prática encontra-se em 2 Macabeus 12.44. Entretanto, nós protestantes, não reconhecemos a canonicidade deste livro e nem tampouco a legitimidade desta doutrina, uma vez que o Protestantismo não se submete às tradições católicas e sim as doutrinas das Sagradas Escrituras.
Segundo a interpretação protestante, a Bíblia nos diz que a salvação de uma pessoa depende única e exclusivamente da sua fé na graça salvadora que há em Cristo Jesus e que esta fé seja declarada durante sua vida na terra (Hebreus 7.24-27; Atos 4.12; 1 João 1.7-10) e que, após sua morte, a pessoa passa diretamente pelo juízo (Hebreus 9.27) e que vivos e mortos não podem comunicar-se de maneira alguma (Lucas 16.10-31).
Ora, do ponto de vista bíblico é inaceitável acreditar que os mortos estejam no purgatório ou no limbo aguardando uma segunda oportunidade para a salvação. Em hipótese alguma nós como cristãos devemos celebrar ou participar de culto aos mortos, antes pelo contrário, fomos e somos chamados a anunciar aos vivos a vida que somente podemos experimentar em Cristo Jesus.

Soli Deo gloria


Consciência Cristã 2011 confirma mais um preletor

A VINACC – Visão Nacional para a Consciência Cristã já tem confirmado praticamente todos os palestrantes da 13ª edição do evento, que será realizada entre os dias 2 e 8 de março de 2011, no Parque do Povo, centro de Campina Grande, Paraíba.
Entre os preletores que irão ministrar nos eventos paralelos que compõe a programação do Encontro está confirmada a presença do editor chefe da Revista Apologética, Jamierson Oliveira.
Revista Apologética é um periódico com circulação nacional, que também ter versão online http://www.revistaapologetica.com.br. A revista trabalha com reportagens diversas, estudos bíblicos, entre vários outros conteúdos.
O Encontro para a Consciência Cristã é um evento que se diferencia no calendário dos eventos da cidade, além de alcançar diversas facetas da sociedade, como atrair turistas à Campina Grande, aumentando assim o fluxo no comércio e na rede hoteleira da cidade, o evento, segundo a sua coordenação geral tem como objetivo principal exaltar a pessoa de Cristo, anunciar o evangelho, proclamar a fé cristã e edificar a Igreja.
Qualquer participação no evento é gratuita e aberta ao público em geral.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Gilson Diferrari discute a Saúde da Família na Consciência Cristã 2011

O Encontro para a Consciência Cristã tem em sua pauta de discussão temas de forte viés no cenário social, eclesial e familiar. Todos os anos a VINACC – Visão Nacional para a Consciência Cristã, entidade que realiza o evento, traz a Campina Grande, na Paraíba, especialistas reconhecidos em cada assunto debatido.
A 13ª edição da Consciência Cristã, que será realizada entre os dias 2 e 8 de março de 2011 promove o VI Fórum Campinense Para Uma Família Sadia, para ministrar esse Fórum a VINACC convidou o casal Gilson Diferrari e Eliane Diferrari, ambos da Editora Kurios, de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Esta será a quarta vinda do casal ao Encontro.
Gilson e Eliane Diferrari são da Igreja Assembléia de Deus de Passo Fundo - RS. O casal Diferrari esteve na última edição do evento, que aconteceu nos mês de fevereiro, onde junto com o pastor Luiz Vieira, da Igreja Cristã Nova Vida, de Campina Grande ficaram a frente do V Fórum Campinense para uma Família Sadia.
Em 2010, o casal apresentou para o numeroso público que compareceu ao Fórum temas como: Como Fortalecer a Relação Conjugal Durante a Crise e O que Toda Mulher Espera de um Esposo Cristão, ministrados por Gilson. Já Eliane ministrou: Treinando Nossos Filhos para Serem Felizes e O Que Todo Homem Espera de Uma Esposa Cristã.
A participação no Encontro para a Consciência Cristã é gratuita e aberta ao público em geral. O evento acontece no complexo do Parque do Povo, centro de Campina Grande – PB, numa grande estrutura denominada de Representação do Tabernáculo Bíblico.

Da redação

O Cristão e a Política

Hoje é um dia extremamente importante na vida da sociedade brasileira, dia esse em que, numa das mais significativas modalidades de exercício da cidadania, o povo brasileiro irá, pela instrumentalidade do voto, eleger os seus legítimos representantes: Deputados Estaduais, Deputados Federais, Senadores, Governadores e Presidente da República. É um dia de festa, celebração cívica das liberdades individuais, indisputável prerrogativa do estado de direito, amplamente assegurado por nosso ordenamento jurídico maior: a Constituição Federal.
Ao longo de toda a sua história, cuja cronologia atinge a jovem idade de pouco mais de cinco séculos, o Brasil viveu, no território político, angustiantes momentos de obscurantismo, até o instante em que a democracia se estabeleceu de forma definitiva, com o fortalecimento das suas instituições. Celebremos, portanto, o privilégio de poder escolher democraticamente as autoridades que irão nos governar.
Hoje é um dia, de igual modo, de séria reflexão, principalmente por parte daqueles que, resgatados por Jesus Cristo da escravidão do pecado, foram chamados para ser a luz do mundo e o sal da terra, testemunhas vivas do grande e transformador poder que há no evangelho da graça de Deus.
Considerando que o voto concedido tem grandes conseqüências para a vida da sociedade, é necessário que, na condição de crentes em Jesus Cristo, submetamos o nosso ato cívico ao crivo de uma maturada e bíblica reflexão acerca dos predicativos daqueles a quem estamos pensando em constituir como os nossos representantes. Devemos de modo criterioso e em humilde atitude de oração, examinar a vida dos candidatos em quem pretendemos depositar o nosso voto, tradução inequívoca da confiança que temos em sua capacidade de ação política e compromisso ético de fazer do mandato conquistado um instrumento de promoção do bem comum, e não um trampolim para o enriquecimento ilícito.
Aqui, a motivação do voto que vamos conferir deve ser rigorosamente avaliada à luz dos elevados e santos padrões que regem o reino de Deus: justiça, bondade, misericórdia, amor, dentre outros tantos que refletem o caráter de um Deus santo e que não exige do seu povo, em todos os segmentos da vida, nada menos que santidade. Para tanto, ele nos concedeu a mediação perfeita do seu Filho, a habitação santificadora do seu Espírito em cada um de nós e, por fim, a orientação segura da sua normativa, inerrante, infalível, inspirada e suficiente Palavra.
Nesse aspecto, devemos fazer do nosso voto um ato santo, que busca, prioritariamente, a glória de Deus, ao postular a eleição de quem verdadeiramente buscará transformar a sua atuação política em uma intransigente defesa e prática de um serviço republicano a favor de todos, notadamente dos mais fracos, dos que sofrem mais, dos deserdados de tudo. Quando votamos de costas para esses princípios emanados da Palavra de Deus, dando prioridade aos nossos egoísticos interesses (emprego, de preferência aqueles nos quais recebemos sem realizar qualquer tipo de trabalho, e outras vantagens circunstancialmente oferecidas), pecamos contra Deus, contra o nosso próximo e, ato contínuo, tornamo-nos tão corruptos quanto aqueles a quem vendemos as nossas consciências.
E, aqui, é conveniente destacarmos que a assertiva, segundo a qual irmão vota em irmão, muitas vezes, não passa de uma falácia competentemente arquitetada pelos que, em época de eleição, transformam os rebanhos evangélicos, com a anuência de líderes interesseiros e mal intencionados, verdadeiros lobos em pele de cordeiro, em verdadeiras massas de manobra, facilmente enredadas por toda espécie de manipulação. Muitos são os que, dizendo-se irmão, dão péssimo testemunho, não possuem vida efetiva nas igrejas das quais dizem fazer parte, e nas quais somente aparecem, cinicamente, para buscar o voto.

Hoje é um dia de oração. Um dia em que devemos, de modo especial, orar pelo país e pelas autoridades constituídas. Orar pelo país e pelas autoridades constituídas não é uma opção para a igreja de Cristo, mas um mandamento do Senhor. Devemos orar pelas autoridades a fim de que elas tenham o tirocínio necessário para governar com justiça e em favor do bem comum. E, também, conforme doutrina o apóstolo Paulo, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, sem o concurso de perseguições odientas que venham a obstaculizar a marcha e o progresso do evangelho, no tocante ao exercício, por parte da igreja, da sua desimpedida proclamação.
Hoje é um dia para, de modo mais concreto, desfazermos falsos conceitos insistentemente dominantes em algumas searas evangélicas, sendo um deles o que assevera que a atividade política pertence ao diabo, não devendo o cristão, em nenhuma hipótese, se envolver com ela. Ora, quem raciocina dessa maneira ignora, por puro desconhecimento das Escrituras Sagradas, o mandato cultural outorgado por Deus ao homem no ato original da criação. Crescer, multiplicar-se e administrar a terra, eis a ordem dada por Deus aos nossos primeiros pais.
Dentro desse contexto, estava, implícita, a atividade política, à luz da qual os homens buscariam engendrar modalidades governamentais capazes de promover uma vida comunitária harmoniosa, coesa, em condições de satisfazer às necessidades mais prementes de todos. Abster-se, radicalmente, da política, significa, de igual modo, não levar em conta a manifestação da graça comum de Deus, a qual, derramada sobre todos os homens, volta-se, entre outras, para todas as esferas da desbordante vida cultural das sociedades, dentro da qual a política pontifica como uma das mais relevantes.
Embora a tradição reformada reconheça que somente pode haver radical transformação na sociedade quando o homem, que a habita, experimenta o poder regenerador do Espírito Santo, ela não fecha os olhos para os melhoramentos sócio –econômico – político - culturais advindos de governos e de ações emanadas da sociedade civil que, estribados nos princípios bíblicos da justiça social, caminham em favor da promoção do bem comum.
Basta nos recordarmos, como lapidares exemplos do que estamos asseverando, de João Calvino em sua ampla ação político – pedagógica - espiritual na cidade de Genebra, e de Wilberforce em sua ingente luta contra o flagelo da escravidão na Inglaterra do século dezenove, para nos darmos conta de que somos chamados para glorificar a Deus em todas as coisas que fazemos, inclusive na seara da política, uma das mais nobres atividades humanas, dentre as muitas que integram as civilizações; nobre porque emanada do Deus santo das Escrituras Sagradas.
Hoje é, por fim, um dia de participação cidadã. Uma cidadania plena não se esgota apenas no ato do voto. É necessária que a ele se acresça uma consciência vigilante capaz de acompanhar os passos daqueles a quem, democraticamente, conferimos um poder transitório. Agir de forma contrária é dar atestado de alienação política e de insciência bíblica.
O cristão, salvo por Jesus Cristo e feito morada definitiva do Santo Espírito de Deus, tem a mente do Filho de Deus e é guiado pela suficiência das Escrituras Sagradas. Todo o seu sistema de pensamento e de ação deve estar moldado pela Palavra de Deus. No ato de votar, não deve ser diferente. Que no dia de hoje, ao entrarmos na cabine para o exercício do voto, o façamos na dependência e orientação do Senhor, buscando, em primeiro lugar, a sua glória e, depois, o bem daqueles que foram criados à sua imagem e semelhança.

José Mário da Silva - Presbítero da Igreja Presbiteriana do Brasil – CG/PB